[Autor Parceiro e Entrevista] M. R. Terci

em 15.7.15
Hoje
o post é especial!

Venho apresentar a vocês o autor M. R. Terci, talentoso escritor de gênero terror que veio enriquecer a qualidade do blog com a sua presença!

Aos que não sabem, M. R. Terci me encantou com a sua antologia de contos, As Elegias, que ingressou para as minhas leituras favoritas (). O mais especial no talento desse autor é sua criatividade. O cara é fera em trazer novos elementos ao gênero terror, criar contextos diferenciados e desenvolver seus textos com uma narrativa coerente à época que retrata. 

Por tudo isso, o blog acolhe orgulhosamente o autor M. R. Terci entre seus parceiros!

Yeah! Podem comemorar!
Para
melhor conhecê-lo, que tal uma entrevista? Vem saber mais sobre esse talento nacional!

 

M. R. Terci é um autor muito ativo. Por isso, sua primeira entrevista ao blog será relacionada à série O Bairro da Cripta! Essa série se compõe de antologias e, por enquanto, temos dois volumes publicados: As Elegias (resenhado no blog) e Os Epitáfios.

Saiba mais sobre o autor e O Bairro da Cripta:

1. Você criou O Bairro da Cripta, um ambiente sombrio e fictício, localizado em São Paulo. Acho incrível que seus contos se passem nesse cenário e, em certa medida, se entrelacem. Como surgiu a ideia de escrever antologias usando como palco o mesmo lugar?

Primeiramente, Francine, boa noite. Agradeço imenso a oportunidade de abrir esse mausoléu de ideias e esmiuçar o contexto de Bairro da Cripta, tirando o pó desses ossos velhos e descarnados. Deve estar se perguntando do por quê do "boa noite". Bem, é sempre treva no Bairro da Cripta. Leitores e leitoras, boa noite. Espero que tenham trazido um lampião, uma pá e uma boa disposição para esse labor de abrir sepulturas. E, não se preocupem. Os mortos só cavalgam sob a Lua Fantasma. Aqui. Aproximem-se. Tragam essa luz fremente até aqui. Está escuro e frio agora. Vamos começar por essa. O Bairro da Cripta.

MQS: Alguém também sentiu arrepios? Brrr… Vamos em frente, corajosos leitores! Sendo esse autor um mestre do terror, não poderíamos esperar nada menos que uma introdução sombria.

A ideia surgiu após a conclusão do primeiro volume do romance Caídos. Costumo dizer que era como uma escavação arqueológica. Foi a mitologia criada para salvaguardar a narrativa do condenado Emanuel do Tumulo que forneceu-me pistas de onde cavar. Nesse processo de aprofundamento, palmo a palmo, quanto mais cavava, mais elementos eram descobertos. Peças de um enigma que ainda não tinha nome. Ah, deuses da criação literária! Como aquilo precisava ser nominado! Gritava por um nome! 
Mea culpa, eu tenho verdadeira compulsão em trabalhar a personalidade dos personagens e dar-lhes lastros emocionais como temperamento e caráter. Particularmente, vejo a personalidade de cada indivíduo como um mecanismo de adaptação aos costumes de uma época e um local. Máscaras que nós vestimos para ocupar um lugar junto aos demais. Quando concluí o primeiro ato do Caídos havia, pelas bordas daquele texto imenso, personagens e fatos que queriam se fazer além. As máscaras que designei a cada um deles, legara-lhes espaço maior que o previsto. A trilogia dos bruxos do Trirregno das Areias Eternas, se revelou apertada demais. E, eles queriam mais. 
Pesei as opções. Comecei a escrever uma obra chamada o Livro das Sombras. Deuses! Amplo demais. Abrangia um espaço geográfico demasiado. Esses novos contos de horror não se adequavam. Os personagens estavam se espalhando demais por campos desolados e ermos, difíceis de povoar com elementos descritivos. Eu estava perdendo o fio do barbante e, naquele labirinto imenso, isso significava perder o propósito de tudo, inclusive, o prazer coligido a partir do hábito da escrita.
A essa época, eu dividia meu tempo entre escrever – quase sempre no período noturno – e o cotidiano em meu escritório de advocacia que, naquele ano, completava 15 anos de existência. Em síntese, era um advogado com um hobby. Foi quando me ocorreram duas ideias malucas.
A primeira delas, era um surpreendente bye bye advocacia. Eu precisava me dedicar totalmente à carreira como escritor. Sacrifícios eram necessários. Deixei todos os meus processos aos cuidados zelosos de um sócio de confiança. Chame do que quiser. Crise de meia idade? Não sei. Talvez. Não me arrependo e jamais me arrependerei. No dia seguinte a essa decisão, acordei um homem diferente. Melhor? Só o tempo dirá. Mas, hoje em dia, só visto gravata em cerimônias de casamento. 
A segunda ideia era mais simples. Ao mesmo tempo, infinitamente, mais complexa. As estórias começaram a se escrever sozinhas a partir do momento que fechei o espaço geográfico em redor de um lugar e estiquei o tempo. Afinal de contas, o que significa o tempo para aqueles que são imortais? Nada. O que precisam mesmo é de um lugar para pisar, para exibir suas máscaras. Nesse desiderato, o Bairro da Cripta preenchia suas necessidades à saciedade. Um lugar escuro, frio e imutável, onde habita a morte. Todas aquelas máscaras pareciam convergir, naturalmente, para essa quinta lúgubre. Aquela mitologia repleta de pesadelos era intrínseca ao lugar.
Se me perguntar a razão desse pano de fundo ser tão fácil de descrever, eu lhe digo que as lembranças são mais acessíveis do que, muitas vezes, o próprio processo criativo. As narrativas que revelam detalhes da geografia da cidade de Tebraria e seu sinistro Bairro da Cripta, mostram seus limites e arredores. Nos assombram essas sensações de familiaridade de bosques sombrios, riachos traiçoeiros, cachoeiras de aspecto maligno, hortos proibidos e arquitetura fundada em decadentes edificações coloniais repletas de um gentio estranho que escolheu viver ou foi atraído àquele lugar. Não é por acaso. O Salto do Pântano, o Chão Duro, outras adjacências e mesmo a antiga Venda Nova ainda existem em minha cidade natal.

MQS: Simplesmente adorei sua resposta, M. R. Terci. Exige coragem escolher entre duas carreiras e, a despeito das inseguranças, investir no seu próprio talento. O fato de existir O Bairro da Cripta – lugar que visitei por meio de As Elegias – com certeza é um mérito da sua audácia. Como leitora, posso dizer que valeu a pena. Como blogueira parceira, devo dizer que torço por crescente sucesso e reconhecimento!

2. Assim como seus contos se passam entre os séculos XIX e XX, sua narrativa é igualmente ajustada para a época. Para mim, isso é louvável, mas reconheço que alguns leitores poderão achar sua linguagem “rebuscada”. O que você tem a dizer sobre isso?

Ainda não inventaram um elogio maior à escrita do que a palavra rebuscada.
Pessoas, obrigado!
Brincadeira.
Em minha infância, com seis anos de idade, eu tive uma professora no primário, a saudosa Dona Terezinha que me ensinou duas coisas bem simples e que até hoje norteiam minha vida. Primeiro, conhecimento não ocupa espaço. Tudo o que você aprende no decorrer de sua vida, você coloca em prática quando e onde precisar. Segundo, ler é ampliar vocabulário. Quanto mais você lê, mais seu vocabulário se expande. Mesmo que não tenha um bom dicionário por perto, o contexto da frase acaba revelando o significado da palavra. Ninguém lê "essa quinta sinistra chamada Bairro da Cripta", pensando se tratar do nome dado a um novo dia da semana. Em um microssegundo, o cérebro liga a palavra "quinta" ao sinônimo "lugar". Muito me surpreende que alguns blogs literários, cujos administradores se dizem leitores compulsivos que devoraram milhares de livros não tenham um vocabulário mais amplo e considerem a minha escrita rebuscada. Pessoalmente, considero isso a pública anuência em um atestado de estupidez.
Nesse ponto, é meu dever de cavalheiro fazer menção à cinco sites que estimo muito e que a própria Dona Terezinha teria recomendado, haja vista serem verdadeiras exceções ao triste contexto que mencionei. Começo pelo blog da anfitriã, a paranaense Francine Porfirio – My Queen Side (particularmente, My Queen of the left Side of my heart); o eclético e dinâmico Histórias Existem Para Serem Contadas, da mineira Kênia Candido; meu contato no formidável e grandioso Boca do Inferno, da paulista Silvana Perez; a tenebrosa e aclamada Biblioteca do Terror, do mineiro Rafael Michalski; e, por último, mas não menos importante, o extraordinário e fantástico Mundo Tentacular, do carioca Luciano Paulo Giehl.
De certo o leitor precisa se familiarizar com o vocabulário de sua língua mãe, expandi-lo e continuar expandindo na medida em que lê cada vez mais. Caso contrário, como ele poderá aprender um outro idioma se não dominou sequer a língua portuguesa? Rebuscado em inglês é refined, o mesmo que refinado. Mais uma vez, pessoas... obrigado.
Triste momento pelo qual nossa educação está passando. De tudo mais, o único alívio é o fato de que Dona Terezinha já não leciona mais. Ela sentiria vergonha de pisar em uma sala de aula. A sineta que dá notícia do início da aula, é a mesma que causa sobressalto ao professor e o convoca para essa guerra de todo dia que se tornou o labor do ensino. Antes orgulhoso da profissão, satisfeito por sua nobre vocação o ter colocado à frente do instrumento para moldar as mentes do mais jovens, hoje, o professor se sente humilhado, vilipendiado e desumanizado. O Estado não o remunera de forma justa, tampouco o trata dignamente. Até o direito constitucional a se manifestar lhe é tolhido à força de bala de borracha e cassetete. A rua permeada em protesto pelo heroico professor, de súbito, torna-se palco de guerra. Correria, gritos, o colega ferido sendo levado às pressas para o Pronto Socorro. Nas salas de aula, o professor, antes tido como um arauto da verdade e conhecimento, é silenciado, à socos e pontapés, por uma nova safra de alunos indisciplinados e intocáveis. Quando o mestre ousa erguer a voz além da sala de aula, é calado bruscamente pelos pais, origem óbvia da má conduta e educação do rebento. Parece que se tornou política nacional desmotivar quem nasceu para tirar o povo da mesquinhez e ignorância. Muitos persistem nesse mister. Eu os aplaudo em pé.
Convivi, durante minha carreira jurídica com velhos desembargadores, juízes, promotores, fiscais e delegados que de longa data celebravam, orgulhosos, o fato de terem contraído núpcias com PROFESSORAS. Será que existiu profissão mais digna e honrada, digna da mais calorosa ovação?
As raízes latinas, origem de nosso surrado português, viram, rapidamente, o pronome vossa mercê percorrer tortuoso caminho até a forma você. Esse processo, no entanto, parece estar em curso ainda. Com o passar dos anos nosso português admitiu outras duas formas: e ocê, usuais em algumas regiões do país. Recentemente, devido a popularidade dos chats de bate papo, bem como aplicativos de conversação na internet, sofreu novo "aperfeiçoamento". Simplesmente, vc.
Dona Terezinha, sabedora das mazelas da vida e grande conselheira do ministério da ensinança, diria, sem sombra de dúvida, que o vocabulário está diminuindo, dia a dia, atrofiando a um sistema monossilábico e repleto de emoticons à medida que a população deixa de se importar com a própria língua. Que herança cultural restará às gerações futuras? Será que a palavra rebuscada não tem sido utilizada de forma errada? Não é defeito ou vício de linguagem. É uma tentativa de resgate de nossas raízes culturais.
E, naqueles idos, em sala de aula, chegávamos à letra "Z" da cartilha. Zebra, Zazá, Zico, Zero não tinham mais mistérios. Dona Terezinha me deu dois tapinhas no ombro e disse: "Pronto, está alfabetizado!". A primeira coisa que fiz foi fazer ficha na biblioteca de minha cidade. Meu primeiro livro? Um exemplar de Moby Dick de Herman Melville. Com aquela idade eu estava obcecado em saber mais sobre o desenho de uma criatura marinha que conheci quando estudávamos a letra "B" da cartilha. Creio que a curiosidade sempre alimenta essa fome de conhecimento. Mas, quanto tempo até os velhos clássicos não ocuparem mais espaço nas estantes, em abandonadas bibliotecas, porque possuem uma linguagem rebuscada? Shakespeare, indignado, rola no escuro de sua tumba. Como a Santa Dona Terezinha dizia: conhecimento não ocupa espaço.
Algumas línguas, entretanto, não cabem dentro da boca.

MQS: Essa resposta deveria ser compartilhada nas redes sociais. Concordo completamente com a análise do autor sobre quão importante é incentivar a real compreensão do que seria uma linguagem rebuscada e por quê mantê-la em alguns escritos. O barateamento da literatura está diretamente relacionado ao barateamento da educação. 

3. Uma criança amaldiçoada, um touro enfurecido que volta à vida, uma procissão dos mortos, um jardim repleto de suicidas... Eu preciso saber: de onde vem tanta criatividade para escrever seus contos?

Rafael Michalski, um camarada com um conhecimento do gênero literário do horror mui superior ao meu, uma vez mencionou na resenha do Elegias que "tivesse nascido na época em que se passam as estórias, provavelmente estaríamos estudando seu estilo nas escolas nos dias de hoje". Bom, eu escrevi simplesmente o que EU queria ler como leitor que sou. Mas, não posso deixar de sucumbir a uma pontinha de orgulho, pois quando um preletor do horror, um estudioso do estranho, verdadeiro epicurista da morbidez como é o idealizador do Biblioteca do Terror, expõe uma opinião dessas a respeito daquilo que você escreveu, é porque o autor está no caminho certo. Tive essa mesma sensação quando o Luciano do Mundo Tentacular resenhou. Dever cumprido!
Não sei dizer ao certo. Talvez eu tenha uma mente febril, inquieta. Muitas vezes, ora no elevador, ora caminhando pela rua, me flagro pensando no próximo enredo, no desfecho desse ou daquele conto, no personagem que virá, no monstro que emergirá desse imenso caldeirão de bruxas que chamo de minha mente. Talvez, desde que resolvi me dedicar cem por cento à atividade da escrita, eu, como escritor, só pense nisso. O que sei com certeza, é que não convém chegar de mansinho junto à minha escrivaninha quando estou tecendo os fios de uma narrativa do Bairro da Cripta. Putz! Já tomei cada susto! Eu entro de cabeça no clima e sentimento da estória, mas, juro... nunca cometi nenhum exagero do tipo que o Cronista de um tempo passado perpetrou ou, na tentativa de me exilar dos sentimentos de solidão, busquei companhias tais como em O Taxidermista e a Casa de Prazeres de Madame M., mas, devo confessar, alguns contos têm uma ou outra similaridade com minha má afamada índole.

MQS: As melhores leituras que já realizei são de autores que, como M. R. Terci, se envolveram na sua própria criação, sentindo a emoção que transmitem, vagando pelos cenários aos quais dão vida. 

4. O gênero terror muitas vezes apela para assombrações e descrições que provocam a repulsa do leitor. Mas você, apesar de escrever contos sombrios e assustadores, investiu no bom desenvolvimento da personalidade e história dos seus personagens. Por que decidiu dar esse enfoque?

Foi H.P. Lovecraft quem disse: "A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido."
O medo. Não consigo conceber tal sensação sendo despertada diante da descrição visceral de uma cena de horror. Como você mesma menciona, de outra forma, provoca repulsa. Lovecraft descrevia o monstro sem mostrar o monstro. Eu acho brilhante essa concepção. Se apresentar a personalidade do protagonista e, a partir desse momento, dar pistas sobre esse ou aquele evento, a própria percepção que o leitor tem de ambiente e personagem irá trabalhar a estória e lidar com seu desfecho. Acho que é erro comum entre alguns escritores a descrição através de pormenores repulsivos e gotejantes ou mesmo a concepção de que quanto mais hórrido a criatura, mais medo irá causar. Já li alguns livros de autores renomados que me inspiraram verdadeiros bocejos.
Em teoria é como se o ilusionista revelasse o truque. Na apresentação era algo mágico, impressionante, fora de qualquer comparação. Após a descrição pormenorizada do Mister M: "Hum... era isso? ok".
Ora, e se, antes da apresentação, o mestre de cerimônias mencionar que a próxima atração teve uma infância difícil, lares adotivos, cheia de abusos e infelicidades? Feito o truque: "Meu Deus! Que prodígio! Que mágico espetacular!"
No gênero literário do horror é assim. Humanize o personagem, descreva uma situação insólita e o medo vem naturalmente.

MQS: É por isso que, embora seja sempre treva no Bairro da Cripta, altamente recomendo ler seus contos mesmo àqueles que não se sentem confortáveis com o gênero terror. Garanto que, logo a partir do primeiro conto, qualquer leitor certamente se sentirá motivado a continuar caminhando pelas vielas escuras desse bairro – e até dele sentirá falta quando terminar a viagem.

5. O que podemos esperar de Os Epitáfios, segundo volume já publicado da série O Bairro da Cripta?

Mais treva. Particularmente, apesar do horror e clima gótico continuar o mesmo, eu realmente sinto que Epitáfios é mais sensível do que Elegias. O leitor atento vai notar essa tônica em contos como Fuga da Cidade do Rádio, Uma Voz na Escuridão, As Sombras do Caixão, O Campeão, O Relógio Cappadocci e Sob a Lua Fantasma. A melancolia, regida anteriormente em sede de arranjo de fundo em O Toureiro, O Jardim dos Suicidas e O Taxidermista se torna acorde em evidência no desenvolvimento dessa nova sinfonia.
À medida do possível, mesmo fazendo menção ao passado de terror vitoriano, estiquei a linha do tempo, em alguns dos contos, para o contemporâneo. O leitor que foi levado à esmiuçar palmo a palmo essas lápides encardidas do passado, agora é confrontado, no presente, com o horror atemporal. Ou seja, se Maomé não vai à montanha...
Não é um mero acidente. Foi feito de caso pensado. O aprofundamento da emoção e, em alguns casos, a proximidade de nosso tempo, é para causar impacto no desfecho. A familiaridade ainda está lá. Os personagens sobreviventes, estão mais velhos. Os lugares, os mesmos. É sempre treva no Bairro da Cripta.
No tomo III, As Exéquias, volume com 320 páginas, volto a fechar o cerco ao passado. O leitor será confrontado com os dois extremos de uma existência humana. A infância e a velhice. O Templo do Inseto, O Leprosário, A Aparição, Canção de Amor para uma Criança Morta, A Anomalia, O bom Doutor Giuseppe Giovanni, Supernova, Réquiem para o Morto sem Nome, A coisa no Espelho, Os Dias Estranhos do Tio Mircea, Túnel para Perdição e Os Sinos são exemplos claros de como se alterna a perspectiva da morte quando se enxerga através dos olhos de um ancião ou de uma criança.

MQS: Já estou com meu exemplar de Os Epitáfios por aqui! Em breve trarei a minha resenha para vocês – e estou muito ansiosa para me hospedar, outra vez, no Bairro da Cripta.

6. Como surgiu seu interesse pelo terror? Há algo ou alguém que o influencie nas suas criações literárias?

Desde criança eu tinha verdadeiro fascínio pelo gênero. Assistia os Corujões e Sessões das Dez da época, com filmes que eram verdadeiras coletâneas de contos de horror. Muito embora esses filmes tivessem menos sangue e efeitos especiais, contavam com a participação de atores conhecidos (Donald Shuterland, Peter Cushing, Christopher Lee, Bernard Lee e Michael Gough) e roteiros bem bolados que não precisavam de efeitos especiais para compensar a falta de imaginação dos filmes atuais. Em particular uma empresa inglesa chamada Amicus Productions se destacava. Suas produções eram uma aula de como conduzir uma estória de terror, sempre que estou escrevendo, me vem à mente A Casa que pingava sangue (1970), Vozes do Além (1973), Clube dos Monstros (1980) e muito mais. Esses filmes me tornaram fã do gênero. Escrever já eram outros quinhentos. Me faltava bagagem.
Acho que em meu notebook, devo ter salvo cerca de três mil poemas, subdivididos em seis obras. Escrevi quilômetros de sonetos e poemas épicos. Melancolia e ironia era temas frequentes. Em uma das obras, Ecos de Silêncio resolvi investir no campo do horror. Descobri que tinha facilidade para contar uma estória. Daí foi só me deixar influenciar.
As influências? Eu admiro a muitos poetas e escritores. Os antigos e os contemporâneos. Acho que sem alunos não se faz escola e dentro dos escritos deixados por esses mestres há muito o que aprender, muitas pegadas a pisar. Minha biblioteca particular não tem as dimensões que a ambição do leitor exige mas, no âmbito de minhas predileções, guardo muito espaço para H.P. Lovecraft, Edgar Allan Poe, Charles Baudelaire, Ambrose Bierce, Algernon Blackwood, Robert E. Howard, Guy de Maupassant, Mary Shelley, Johann Wolfgang von Goethe, John Milton, Henry James, Daniel Defoe, Willian Blake, Rudyard Kipling, J. R. R. Tolkien, Herman Melville, Dante, Marquês de Sade, Joseph Conrad e muitos outros contistas de terror. Tenho muita coisa que foi publicada nos últimos anos também, Norman Mailer, Manel Loureiro, Isaac Asimov, Alan Moore, Glen Cook, Guillermo Del Toro e Chuck Hogan, Anne Rice, Donald Tyson, Willian Peter Blatty, Patrick Süskind, John Ajvide Lindqvist, Michael Crichton, Carlos Castaneda, Clive Barker, Justin Cronin, Carlos Ruiz Zafon, Catherine Fisher e pouquíssima coisa de Stephen King.
Nacionais? Sim. Augusto dos Anjos, Álvares de Azevedo e Gil Vicente.

7. Que tal contar um pouco sobre O Bairro da Cripta aos leitores que ainda não conhecem?

"Venham comigo. Vamos por esta estrada. Pelas colinas escarpadas, lugar de vento frio que faz gelar a alma de toda gente. Em redor de imenso e desfolhado bosque de ipês, dar-vos-ei conhecimento daquilo que espreita por este caminho. Vou dizer-vos algo que não querem ouvir. Vou mostrar onde está escuro".

Aqui. Aproximem-se. Tragam essa luz fremente até aqui. Está mais escuro e muito mais frio agora. Você sente? É sempre treva no Bairro da Cripta.

Quero
agradecer o carinho do M. R. Terci em me oferecer a oportunidade de trazer a vocês essa entrevista. É incrível como, por meio das suas respostas, é possível notar muitas qualidades que estão presentes na sua narrativa: consistência, eloquência, coerência, humor, crítica… Sinto que o autor se revelou um pouco para os seus leitores e agradeço por tê-lo feito no My Queen Side.

Conheça as publicações do autor:
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Título: Abandonai toda esperança – Série Caídos, vol. 1
Autor: M. R. Terci
Editora: Multifoco, 2015, 388 páginas
Curiosidade: Romance de 388 páginas, com elementos góticos de fantasia e terror, que miscigena história e ficção, reconstruindo ficticiamente acontecimentos, costumes e personagens históricos de Portugal e do Brasil ao longo do século em que a inquisição portuguesa interferiu profundamente na vida colonial.
Sinopse: Caídos narra, através das confissões do bruxo Emanuel, capturado na Baia Cabrália em agosto de 1591, a saga do Trirregno das Areias Eternas, revelando um universo de magia e terror nunca antes vislumbrado por vistas humanas e que influenciou secretamente a colonização do Novo Mundo. O bruxo e aspirante a necromante, incapaz de esquecer seu passado, havendo por confiar unicamente em sua sombra – sua amiga e confidente, viva por força da magia de Anagne – segue por caminhos tortos desde as planícies de Coimbra, atravessando o deserto de areias escaldantes do Trirregno, sendo conduzido por escuras catacumbas de pesadelo à Hades Eterna, o Cemitério dos Cemitérios, local onde trava contato com os poderosos Necromantes da Rainha Emrev.
Emanuel, amargurado e consumido pela culpa de ter praticado o maior dos crimes dos Malleficarum e libertado a Grande Peste Negra sobre Lisboa, naquele maldito ano de 1569, trava, internamente, o conflito de todo aspirante aos poderes mágicos do Trirregno: ceder ao seu lado negro, movido pela vingança e norteado pelos ensinamentos do misterioso e cruel Necromante Aknoth, servo e amante de Emrev a Deusa Demônio dos Cadáveres de Hades Eterna, ou buscar a redenção de sua alma junto ao olvido, à sua completa destruição orquestrada pelos feiticeiros de Tebrarhuna, a sedutora Trisckelle e o devorador de almas, Galian.
Por outro lado, Emanuel ainda é perseguido por um inquisidor obcecado pela destruição de seu povo, os Carmins de Argol e que fará qualquer coisa, até mesmo vender a alma – havendo por conseguir auxílio dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse –, para alcançar os passos do bruxo Emanuel do Túmulo. Tem início, então, através das hábeis mãos do famigerado Dom Henrique, Inquisidor Mor do Reino de Portugal, uma perseguição implacável que logra aportar nas Terras de Santa Cruz, onde o diabo libertou todo o inferno para fazer chacota da Criação.

Extra! 
No momento, o autor M. R. Terci está trabalhando no primeiro volume de sua nova série: Os Imperiais de Gran Abuelo. Aproveitei a oportunidade para lhe perguntar sobre a produção. Confiram!

MQS: Em breve você publicará o primeiro volume da série Os Imperiais de Gran Abuelo. O que podemos esperar dessa série? Há previsão para sua publicação?

Atualmente toda minha atenção e cuidado estão concentrados nessa série. Posso afirmar, sem injustiça, que é de longe minha obra favorita. Exigiu, igualmente, um tempo muito laborioso de pesquisa. Amo os personagens, enredo e toda a ação envolvida. Hora de molhar essas velhas botas de campanha na lama rubra das trincheiras. Por gentileza, me acompanhem:

Imagem ilustrativa; não-oficial.
I - Do gênero literário 
O romance tem seu lastro principal na prerrogativa do oficial do exército de Dom Pedro II, veterano das Guerras contra Oribe e Rosas e do Paraguai, que envereda pelos meandros da ciência e do sobrenatural quando sua companhia se depara com a derradeira cartada do falecido caudilho Solano López. Julgo que o gênero literário de Os Imperiais de Gran Abuelo, aqui situado entre o horror gótico e a ficção científica, obterá grande exposição à luz do que o vindouro ano trará. 
Como é cediço, o ano de 2016 marcará o bicentenário da criação da obra Frankenstein (or the Modern Prometheus, no original em inglês) da escritora britânica Mary Shelley. Considerada a primeira obra de ficção científica da história, o romance teve grande impacto na literatura e cultura popular ocidental, influenciando muitos escritores do século XX e, certamente, os leitores do gênero, embuídos desse espírito de duzentos anos, terão sede de obras similares que tracem paralelos conflituosos entre a superstição e a religião, entre a ciência e o que simplesmente não pode ser explicado.
Os Imperiais de Gran Abuelo arvora-se da eterna contenda entre a razão e o medo instintivo do sobrenatural.

II - Do contexto histórico 
Os Imperiais de Gran Abuelo é fruto do caldeamento de um período da história do Brasil (abril de 1831 a novembro de 1889), precisamente o segundo reinado.
Pedro II herdou um Império no limiar da ruína, sagrou-se vitorioso em três grandes conflitos internacionais e transformou o Brasil numa potência emergente que cresceu para distinguir-se de seus vizinhos, em virtude da estabilidade política, a liberdade de expressão zelosamente defendida, respeito aos direitos civis, a seu crescimento econômico vibrante e sua forma de governo. Não obstante, quando o Império do Brasil tomou para si a supremaciada América do Sul, o coração do herói sucumbe ao veneno da vilania nas trincheiras imperiais.
Neste empenho o romance convida a uma profunda reflexão na fala de Gran Abuelo: "A que custo chegamos até aqui?".

III - Do contexto social
Paralelamente à narrativa do Capitão Amadeu Carabinieri, acompanhamos a história de Gismar, beneficiado pela Lei do Ventre Livre, que se alista às linhas imperiais e se submete ao arbítrio do Sargento Dario, um escravagista convicto de escolástica arraigada nos mais retrógrados ideais. 
O desenvolvimento do romance relata sua estória. A convivência com sinhozinhos, filhos de um grande senhor de terras, na Casa Grande onde sua mãe era escrava, leva a inevitável fatalidade que o torna um fugitivo. O capitão o admite às linhas imperiais, mas sua fraqueza conduz o garoto aos rótulos de covarde e traidor. A sua heroica redenção só alcança a compreensão do sargento, ao final, quando da ocasião de seu martírio.
Na óptica desse escritor, é o clímax da obra. Quando entre os vilões renasce o herói para morte, quando toda uma Legião de Malditos vê o menino resgatar a honra das glórias esquecidas na lama das Cordilheiras Paraguaias. 

IV - Da narrativa
A ideia inicial era a construção de um conto de horror cujos protagonistas seriam soldados imperiais de passagem pela vila de Nossa Senhora do Belém de Tebraria. Tal narrativa integraria um dos volumes da série O Bairro da Cripta.
Contudo, mesmo com toda a fantasia envolvida, os personagens se revelaram tão ricos em possibilidades e tão humanizados em seus conflitos e atitudes que decidi esticar um cadinho o conto de dezoito páginas para suas quase 400 laudas.
Sinto certo alívio, acrescido de orgulho por ter acompanhado esses sujeitos durões e mau encarados da Legião de Malditos de Gran Abuelo por estas sendas sinistras e estes sítios isolados deste as mais opressivas cordilheiras ao norte do Paraguai até o litoral paulista, atravessando imensas regiões pantanosas e léguas de indevassáveis sertões. Agora, que encerramos a marcha, é tempo de pesar nossas opções e lutar por uma boa publicação e divulgação da obra. 
Acredito que está tudo aqui. O caminho foi árduo. Sob chuva e sol, garras e presas, pólvora e sangue, eu marchei rumo à guerra semanas de pesquisa e escrita. Checando mais uma vez essa minha equipagem pesada eu confio que está tudo aqui; introdução, ação iniciadora, ação crescente, clímax, ação decrescente e resolução. Tudo o que meu EU LEITOR queria ler. E, como ri e chorei ao ler e reler o diário de campanha de Amadeu Carabinieri. 
A tal ponto cheguei que, em um sucinto Post Scriptum, eu sugiro a feitura da obra em continuação. Essa mesma na qual trabalho agora. As Crônicas dos Negros Céus.
De fato, acredito no potencial do livro. E, certamente, se o manuscrito fizesse às vezes de barquinho de papel, eu não hesitaria em atravessar o Oceano Atlântico à força de remos. Tal é a confiança que tenho por esta narrativa. A perspectiva é a publicação por um grande selo. Um grande e fraternal abraço. Até a próxima, soldados.
Sangue ruim!

"É-me o mais sagrado dos encargos, não deixar, ao regaço do esquecimento, à tantas glórias conquistadas. Por isso escrevo em meu diário de campanha.
- Capitão Amadeu Carabinieri -

Eu
me senti muito empolgada com o que M. R. Terci revelou sobre Os Imperiais de Gran Abuelo! Saber que se trata de uma história tão cuidadosamente escrita, baseada em intensa pesquisa, soa muito convidativo. Estou torcendo para que logo chegue às mãos dos leitores.


Sobre o autor
Redes sociais: Skoob | Fanpage | Twitter.
M. R. Terci é escritor, poeta e advogado especializado em Direito Internacional com ênfase na União Europeia e Mercosul.
Nascido em Descalvado-SP, em 1973, busca honrar aos Deuses da Criação Literária enfrentando, diariamente, o desafio da página em branco, devotando sua energia ao solitário trabalho de traçar destinos através dos meandros do sobrenatural.
É o criador de mais duas séries: Caídos e as Crônicas de Pólvora e Sangue dos Imperiais de Gran Abuelo, ambas com previsão de lançamento para 2015.

Gostaram da entrevista? Eu adorei!
O que acharam do autor e de suas obras? Logo trarei a vocês mais informações sobre a série Caídos, contando também com uma entrevista maravilhosa que o autor nos ofereceu. 
Adoraria saber se O Bairro da Cripta os deixou curiosos!
Comentem!

59 comentários:

  1. Oii!
    Puxa, eu não conhecia o autor, mas suas obras me chamaram atenção. Não tenho costume de ler livros de terror - o que precisa ser mudado -, mas espero ter oportunidade de conhecer o trabalho de Terci.
    Parabéns ao blog e ao autor! Adorei conhecer um pouco do autor seu processo de criação de seu novo livro. Sucesso aos dois!

    Beijos!
    www.palavrasradioativas.com

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  2. Nossa, admito que não sou de ler livros de terror, mas com essa entrevista, o modo como o autor lhe respondeu, achei tão incrível que fiquei com vontade de ler algum livro dele *O*
    E parabéns pelo post, adorei ♥

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  3. "O barateamento da literatura está diretamente relacionado ao barateamento da educação"
    - Francine Porfirio -
    NÃO HÁ - e a medida que a coisa se desenrola, nem lograremos ver - COMENTÁRIO mais perspicaz, critico e adequado do que esse. A anfitriã Francine, como sói acontecer, nos premia uma vez mais com seu talento em extrair o melhor de todos em derredor. EXEMPLO A SER SEGUIDO! É imprescindível que a parcela da blogosfera que se dedica a ALGO TÃO COMPLEXO COMO A LITERATURA, se conscientize de seu dever cívico e moral. Livros não são apenas recheio de estante. É necessário, antes de tudo, primar pelo conteúdo. Não se julga um livro pela capa, não se julga um autor pelo nome, não se fala de um gênero sem antes conhece-lo, profunda e analiticamente. Não há prêmio para algo tão estupido quanto um "paginômetro", somatória das páginas dos livros marcados como já lidos. Antes de existirem novas editoras que venham a lucrar com publicações sob demanda, antes de nascerem novas mídias que popularizem o hábito da escrita (sem revisão e sem critérios de auto crítica), antes das pessoas que subvertem a escrita a um sistema monossilábico virem a público manifestarem o "mimimi" da falta que a educação fez na vida delas, HÁ A NECESSIDADE IMPRESCINDÍVEL, DE VIREM À PÚBLICO NOVAS FRANCINES PORFÍRIO que, com coragem e inteligência, possibilitam, a autores pequenos e menosprezados, iniciantes em tudo, menos na vida, O BENEFÍCIO DE SE EXPRESSAREM LIVREMENTE. A HONRA é toda minha, Fran! O privilégio de ser entrevistado por alguém com seu conhecimento é inenarrável. Obrigado pelo apoio, mas principalmente, obrigado por ler e entender O BAIRRO DA CRIPTA. Não há prêmio maior para um escritor.

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  4. Oiii Fran!

    Faz tanto tempo que não venho aqui e tudo continua tão lindo!
    Acho tão maravilhoso quando temos esse contato direto com os autores e fico muito feliz em saber que ele é tão talentoso e que faz parte dos seus parceiros, tem coisa mais emocionante que isso.

    PARABÉNS pela entrevista, ficou maravilhosa <3
    Extremamente completa e informativa. AMEI!
    Sucesso ao autor <3

    Beijinhos,
    www.entrechocolatesemusicas.com

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  5. Oi oi
    Ótima entrevista, parabéns!
    É muito bom ver esse contato entre o autor e o blog
    Fiquei interessada com as obras dele as palavras dele deu um brilho especial para elas.
    Eu nunca li um livro de terror e estou querendo ler, quem saiba o dele não seja o primeiro rsrs

    Beijoos
    http://blogmaiscafe.blogspot.com.br

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  6. Conhecimento não ocupa espaço, gostei dessa!
    Confesso que não conhecia o autor e nem a série, mas leria sim, pois gostei da proposta. Ainda mais parecendo que ele se empenhou. Parabéns pela parceria.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  7. Oi Fran!!!
    Olha um livro escrito por alguém tão.... Informado, digamos assim, deve ser bom mesmo.
    Só pela qualidade das respostas da entrevista percebemos que o livro deve ser igualmente rico em conteúdo!
    Parabéns pela parceria e pela entrevista!!

    Beeijo

    ooutroladodaraposa.blogspot.com.br

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  8. Respondendo ao seu comentário lá no blog, pois é, eu entendo completamente, tive uma resenha negativa do DSA recentemente que me deixou um pouquinho amuada, mas na mesmo hora me lembrei das resenhas que escritores já fizeram ou leitores experientes, que sempre são tão sensíveis e bem fundadas (como a sua!), e percebi que isso acontece por causa de uma falta de profundidade da pessoa que leu, ou porque tinha criado expectativas mais superficiais (hoje em dia está na moda os romances hot, então as histórias inteligentes com mensagens importantes são normalmente desprezadas).

    A Carina também ficou curiosa com o seu conto, ela acabou de comentar lá no meu blog. Tinha mesmo visto em algum lugar do Face que você gosta de ficção-científica e viagens no tempo. Já considerou assistir a série Doctor Who? Aposto que você se apaixonaria também (lê eu tentando convencer mais pessoas a gostarem de Doctor Who porque o fandom brasileiro ainda não é muito grande... hehe). Tenta assistir aos cinco primeiros episódios da primeira temporada da série atual (não desiste depois do primeiro, ele não é tão bom quanto os outros), ou então leia o livro "Shada", que é baseado num roteiro de um arco da temporada clássica que foi escrito por Douglas Adams. Se gostar, me avisa!

    Enfim, fico feliz que tenha gostado do post! Desejo muito sucesso!

    Beijinhos Alados ♥

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  9. Francine eu tenho que te parabenizar pela entrevista incrível que você fez com o autor Marcos Terci. Ela mostra claramente como ele é ótimo como autor e principalmente como pessoa. Eu sou fãzona do Bairro da Cripta, já visitei o Tomo I, tem pouco tempo que visitei o Tomo II e sinceramente, não vejo a hora de voltar lá. As histórias são aprimoradas e possui um vocabulário riquíssimo que infelizmente muitos leitores não querem enxergar.
    Fiquei sem palavras, por ele ter lembrado do meu simples blog " Histórias Existem Para Serem Contadas". Ganhar um elogio no meio de tantos blogs bons na net, é o mesmo que ganhar na loteria. ( Sinal que ando fazendo alguma coisa certa.)
    Adorei seu Blog e sempre que possivel venho te visitar.

    Bjos

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  10. Não conhecia o autor mas adorei as respostas e principalmente de onde veio a ideia da história , que homem criativo gente kkkk um orgulho ver bons escritores nesse nosso país e adorei os títulos são bons e mega chamativos kk.

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  11. Oi Francine!!
    Não conhecia o autor e gostei bastante das respostas dele, gostei mais que o livro dele é ambientado em SP, moro em SP e é tão dificil livros ambientados aqui!! Adoro o gênero e vou clicar ali nos links para conhecer mais das obras!
    Beijos e foi uma ótima entrevista! *-*

    LuMartinho | Face

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  12. Não conhecia o autor, Fran.
    Mas gostei muito da entrevista, ele fala muito bem, a maneira que ele respondeu as perguntas me deixou boquiaberta.
    Só não sou de ler terror por isso as obras dele não me interessaram, mas a entrevista ficou impecável.

    Lisossomos

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  13. Oi Francine, parabéns pela parceria, e essa entrevista ficou incrível! Eu não conhecia ainda o autor e nem os livros, e fiquei muito contente em conhecer agora, com certeza chamou muito minha atenção, irei ler se tiver a oportunidade um dia :D

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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  14. Oi Fran, amei a entrevista, pois adoro terror, e assim como o autor eu também assistia todos os filmes da sessão das dez, e eu era bem criancinha, mas mesmo morrendo de medo eu adorava. Também adorei o que ele falou sobre a linguagem e concordo que quanto mais se lê melhor é o vocabulário. E fiquei muito curiosa para conhecer a obra dele. Bjs

    Território nº 6

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  15. Não conhecia o autor e fiquei bem interessada pela obra, apesar de morrer de medo de livros de terror rsrsrs
    Eu gosto de filmes, séries e livros, mas morro de medo. Tenho que dormir com a luz acesa depois XD
    Fiquei bastante interessada em conhecer mais sobre o Bairro da Cripta.
    Bjuxxxxxx

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Olá :) Nossa, a postagem tá enorme e incrível! :D Adorei!!! :D hehe
    Que eu me lembre essa é a primeira vez que leio sobre esse autor, sem dúvida, as suas obras são fascinantes, *-* raramente faço leituras de livros nesse estilo, entretanto, o assunto desperta meu interesse, gostei muito da entrevista, pois, é uma ótima forma de conhecer o autor/Livros, é super informativa. :) Parabéns pela parceria! Desejo sucesso!
    Beijos! <3
    Blog: http://my-stories-wonderful-books.blogspot.com.br/
    Página: https://www.facebook.com/BlogWonderfulBooks

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  18. Oiiie
    Não conhecia o livro.
    Adorei a entrevista, amei a resposta dele para a sua pergunta sobre onde ele tira a criatividade kkkkkk Será mesmo que ele tem uma mente inquieta e febril?
    Eu amei o post.
    Parabéns pela parceria.
    bjs

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  19. 'Pessoalmente, considero isso a pública anuência em um atestado de estupidez.' onde é que eu assino? Perfeito! Eu estou encantada com o autor que não conhecia e com a entrevista, madura, com perguntas inteligentes...

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  20. Olá; eu amei a entrevista!!! Achei as perguntas e as respostas super interessantes, pude aprender um pouco mais através das palavras dele. Até fiquei com muita vontade de ler suas obras, mesmo não sendo muito fã desse gênero literário.

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  21. Oi Francine, tudo bem?
    Não conhecia o autor ainda, mas te parabenizo pela parceria! Sou fã de um bom livro de terror então já estou curiosa para acompanhar suas resenhas dos livros!
    Achei a capa de epitáfio bem bonita e gosto de livros de contos!
    Muito bacana a entrevista com o autor! Ele foi super bacana e respondeu com muita disposição todas as perguntas!


    Beijos :*
    http://www.livrosesonhos.com/

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  22. Bom conhecer a linha de raciocínio do autor. Me fez ter vontade de conhecer sua obra. Parabéns pela entrevista, Francine, e também pelas considerações que você apresentou. Muito pertinentes. Beijo.

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  23. Olá!
    Parabéns pela parceria!
    Confesso que o gênero literário do autor não faz parte dos que costumo ler, mas preciso sair da minha zona de conforto e gostaria de começar pelos livros dele.
    Gostei muito da entrevista, fiquei com vontade de conhecer melhor seus livros!
    Beijos!

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  24. Olá
    eu já tinha visto alguns comentário sobre o autor e achei muito bacana o seu trabalho sem falar que as capas dos livros dele são muito leigas
    Bjks
    Passa Lá - http://ospapa-livros.blogspot.com.br/

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  25. Eu já tinha lido resenhas dos livros dele e achei muito interessante!
    Parabéns pela parceria e pela entrevista que ficou perfeita!
    beijos
    www.apenasumvicio.com

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  26. não conhecia o autor mas creio já ter visto os livros dele em algum lugar, a capa desse O bairro da Cripta me é familiar... concordo quando ele fala sobre termos que aprimorar nosso vocabulário, quanto mais se lê, mais palavras conhecemos e passamos a usá-las em nosso cotidiano... o problema é quando pessoas usam alguns termos completamente fora de contexto pra deixar um texto mais rebuscado' e acabam escrevendo algo sem lógica alguma...
    interessante saber mais sobre o autor e suas obras...
    bjs

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  27. Conheci o bairro no bocadoinferno.com , era o lançamento do segundo livro da série. Li tanta coisa boa a respeito que resolvi investir as 29 pratas no primeiro. Li e já reli. O menino tem veneno misturado com doce nos dedos. Tem algo ali que te pega de jeito. Voltei para o site oficial da série e dei de cara com tudo remodelado. Passei horas vagando pelo site, lendomatérias, rsrsrsrs copiando as imagens, Li uns trechos dos próximos, comprei o segundo, dessa vez tem um mapa no interior... Já estou na metade, morrendo pelo terceiro. Era fã da série, agora que li a entrevista virei tiete do escritor. O cara tem a opinião formada, é autêntico,não fica de paparico para conseguir leitor. Legal saber que tem outras séries escritas por ele. Vou procurar saber mais e divulgar um pouco desse tesouro... quem sabe não ganho um??????????? rsrsrsrsrsrsrs Parabés Fran pela entrevista maravilhosa! seu site está cada dia mais lindo!!!! bjobjo

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  28. Quero me manifestar, publicamente, em agradecimento pelos comentários gentilmente ofertados pelas leitoras (¿dónde están los niños lectores?) e responsáveis por blogs literários e afins. Fico extremamente feliz de que a mensagem tenha sido compreendida, sem espaço para má interpretação, quando digo que rebuscar a linguagem não é encher linguiça, mas, sim, uma tentativa de resgate de nossa linguagem. Obrigado pelas mensagens de apoio e entusiasmo que tenho recebido pelo facebook e, em especial, quero agradecer, EFUSIVAMENTE, uma vez mais, à anfitriã Francine. My Queen Side é uma fonte de consulta constante e irretocável para quem ama a literatura.
    Agradecimento mega especial à minha esposa Anamaria, pelo apoio, paciência e compreensão concedida aos meus piores dias.
    Agradecimento pelas palavras ofertadas. Ler uma entrevista com respostas tão longas requer uma dedicação especial por parte de vocês, de modo que quero, igualmente, agradecer à Palavras Radioativas, Mariana Oliveira, Ana Paula Lima Miranda, Jéssica Lim, Leticia, Raissa Martins, Kênia Candido, Paac Rodrigues, Lumartinho, Déborah, Kétrin Galvagni, Gleyse Vieira, Poly, Gaby Cortez Harket, Coleções Literárias, Lilian Farias, Marijleite, Maiara Vieira, Amanda Vieira, Jess Leite, Netinho Alves, Dessa, Maria Valéria, J. J. Vitória por abrilhantarem a seção de comentários com menções inteligentes, criteriosamente refinadas. Rosas de beleza sublime, palavras angelicais com sutis perfumes que, agora, circunvagam os canteiros do Bairro da Cripta. É sempre treva no Bairro da Cripta. Bem vindas ao Bairro.
    M.R.Terci
    http://www.bairrodacripta.com/

    Post scriptum: Agradeço à Sheila Lima Wing pelo apoio ofertado à minha colega Francine Porfírio, no tocante a um de seus muitos talentos. Como escritora, dedicou uns bons pensamentos para trazer ao mundo um presente chamado Tobias... Fran, queremos mais!!!

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  29. Olá Fran!
    Amei a entrevista com o Terci. Ele fala bastante, mas são realmente coisas interessantes. Eu gostei de saber um pouco mais sobre O Bairro da Cripta.
    Amei saber que o próximo livro dele se passa na época do Brasil Imperial. :3
    Alias, parabéns por mais esta parceria. Você merece!
    Beijos!

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    Respostas
    1. Bem vinda ao Bairro da Cripta Ane-Chan! Espero que possamos providenciar entretenimento adequado aos estados de espírito mais variados e que não demore em explorar nossos mais funestos segredos! Grande abraço!

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  30. Olá Francine! Obrigada pela entrevista. Muito bem explorada por você e detalhada pelo autor. Bem, eu, como uma boa leitora dos gêneros de terror, suspense e mistério, coloco a partir de agora, mais um livro na fila de leitura para 2015.

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    1. Oi Psicologia! Espero não desapontar quando chegar a vez do Bairro! Que sua leitura seja agradável e prenhe de sustos e que sua visita me inspire cada vez mais!

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  31. Oi Francine, tuso bem?
    Parabéns pela parceria!!
    ão conhecia o autor, e gostei de conhecer e os livros me interessaram, adorei a entrevista!
    Bjs

    http://a-libri.blogspot.com.br/

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    1. Bom dia, Angélica! Obrigado por sua companhia! Espero vê-la mais vezes agora que conhece esse caminho de ruas pavimentadas a sangue e gritos! Grande abraço!

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  32. Parabéns pela entrevista! Ficou tão interessante que nem me dei conta do tamanho ao ler, M. R. Terci é realmente um dos novos nomes da literatura de terror nacional, acho que se diferencia dos demais principalmente pela forma como aborda a cultura brasileira, dando destaque ao gótico em um país onde o tema é pouco explorado. Quero agradecer em especial pelas menções ao Biblioteca do Terror :)

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    1. É sempre treva no Bairro da Cripta, Rafa! Só que mesmo os melhores livros de horror ficam extremamente deslocados e inapropriados fora de estantes escuras e frias como só haverei de encontrar nos corredores sussurrantes e opressivos da Biblioteca do Terror! Grande abraço e obrigado pelo apoio e companhia!

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  33. Parabéns pela entrevista! Estou terminando o primeiro livro e ansioso para os próximos, achei fantástica a transição do gótico europeu, para esse período brasileiro entre o século XIX e meados do XX. Realmente uma viagem ao lado negro da cultura brasileira.
    Ah, e é sempre treva no Bairro da Cripta.

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    1. Sempre treva no Bairro da Cripta! A premissa fica ainda mais atraente quando aos olhos de quem conhece e é fã do gênero! Bem vindo ao Bairro da Cripta, Felipe! Fique a vontade para puxar um banco junto ao balcão do Oleg. Há uns causos novos que o gentio supersticioso de Tebraria não cansa de contar. Grande abraço, eu é que agradeço pelo privilégio de sua companhia!

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  34. Oii, tudo bem?
    Ainda não conhecia o autor, esse é o primeiro contato, rsrs. Achei interessante suas obras, estou começando a ler livros do gênero, pois até agora só via filmes. Gostei de saber mais sobre o processo de criação, o autor manda muito bem com as palavras, não tenho dúvidas que suas obras são boas.

    Beijos da Jéss ♥
    Brilliant Diamond | Fan Page

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    1. Saudações Jéss Winchester! Você é uma das caçadoras da linhagem dos Winchester? Também sou fã da série Supernatural. Seja muito bem vinda ao Bairro! Esses velhos esqueletos agradecem a visita!

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  35. Oi amiga
    Tudo bom?
    Não conhecia o autor e nem suas obras e fiquei maravilhada com tudo que li. Parabéns pela entrevista tão bem feita.
    Beijos

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    Respostas
    1. Michelle, bom dia! Obrigado pelas gentis palavras!
      Outras assombrações do Bairro da Cripta querem externar agradecimento pelo apoio e carinho ofertado, frisando que lhe aguardam para uma visita! Grande abraço.

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  36. O Blog é sempre repleto de novidades impactantes! A entrevista ficou bombástica! Parabéns à Francine Porfírio e ansioso pelos próximos lançamentos de M.R.!
    É sempre treva no Bairro da Cripta!!!

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  37. AH! Eu tenho ainda uma pergunta/curiosidade latejando em minhas têmporas. Quando você menciona seus primeiros passos dentro do mundo dos alfabetizados... escola pública ou particular?

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    Respostas
    1. Olá, Estevão! Prazer revê-lo no blog da Fran! Muito obrigado por se tornar um dos frequentadores usuais dessas assombradas vielas e trevosas ruas do Bairro da Cripta. Legal a sua pergunta, sinal que seu interesse pelos assuntos debatidos não derrapa na serpentina e confete do modismo e na marchinha do "politicamente correto". Bem, em minha época o ensino era o mesmo, subdividido dessa forma : o primário, corresponde à 1ª até a 4ª série; o ginásio que equivalia à 5ª até a 8ª série; e, em seguida, no segundo grau, vinha o colegial com a 1ª,2ª e 3ª série.
      Hoje, a nomenclatura é: 1° ano ao 5° ano, Ensino Fundamental I ; 6° ano ao 9° ano, Ensino Fundamental II e 1ª , 2ª e 3ª séries, Ensino Médio.
      Durante aquele tempo, eu estudei em Escola Publica. E.E.PG Coronel Tobias e E.E.P.S.G. Coronel José Ferreira da Silva.
      Posteriormente, trabalhando durante o dia, no almoxarifado de uma fazenda, pude pagar por meus estudos, no Ensino Superior e em pós-gradução.
      Sempre mantive a ideia de que quem faz a escola é o aluno, não o nome da instituição.
      Grande abraço e aguarde novidades no terceiro tomo!

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  38. Oi, Fran!
    Menina ainda estou em êxtase com essa entrevista deliciosa, a autora foi uma fofa e fiquei um tanto hipnotizada com suas palavras.
    Não conhecia sua obra mas vejo que preciso mudar logo isso.
    Uau... parabéns Fran pela entrevista e pela parceria!
    Você como sempre arrasando!

    Beijocas da Deebs!

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  39. Olá, Deebs!. Meu nome é M.R.Terci, sou o autor das obras mencionadas. Posso contar com o Leitor Sagaz nas próximas leituras? Sua opinião, bem como de todos os blogs que se dedicam seriamente à literatura é muito importante para continuidade do trabalho de todos os escritores, independente, o gênero. Por isso, lembre-se sempre, quando for expressar sua opinião, certifique-se de que entendeu a mensagem. Poucos ou muitos, não importa, há leitores interessados no seu ponto de vista. Leitores são pessoas, não meros compradores ou devoradores de livros. Para isso, temos as traças que fazem um trabalho mui eficiente. Até breve e grato pela atenção do leitor sagaz.

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  40. André de Araújo Góes20 de julho de 2015 às 16:30

    Gostaria de parabenizar o escritor M. R. Terci! Nunca fui adepto da literatura de terror, mas, as "estórias" desse cara realmente valem a pena. Vejo que há várias perguntas ao escritor sobre de onde e como surgem as ideias que norteiam seus contos. Bom, eu não me faço esse tipo de pergunta, pois, para colocar no papel o que ali consta, com certeza existe uma mente louca e inexplicável, porém, que não deixa de ser genial, mente essa que talvez não possua explicação. Entre o outrora advogado e o atual escritor, escolheria os dois, um não exclui o outro, já que em ambas as profissões só prosperam para os que possuem mente fértil, dedicação e entusiasmo. Mas, provavelmente o entusiasmo tenha sido a excludente da primeira profissão, pois, com tanta injustiça nesse país, melhor mesmo é se dedicar à imaginação to terror, já que essa última agride menos que o terror da realidade. Mais uma vez parabéns M. R. Terci. Seu sucesso é certo, tenho certeza disso.

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    Respostas
    1. Bem-vindo, André! Como diz Ari, o velho coveiro italiano deste bairro repleto de estranheza e insanidade, é sempre bom receber gente mor... digo, gente nova no Bairro da Cripta!

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  41. Oi Fran, tudo bem?
    Em poucas perguntas pude conhecer um autor que não conhecia antes, e estou aqui boquiaberto por não ter achado alguém com tanto talento antes. Gostei muito de sua entrevista, o post está mais que completo e o autor foi muito atencioso em responder suas perguntas, parece ser muito simpática. Procurarei adquirir suas obras para poder conhecer de sua escrita.

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    Respostas
    1. Boa tarde, Ítalo! Muito gentil de sua parte! Eu e as velhas assombrações desse mala-afamado Bairro da Cripta, agradecemos de todo nosso negro coração! Se quiser pode acessar ao site da série, através deste link: http://www.bairrodacripta.com/
      Por lá, o centenário cemitério se confunde, sobremodo, com as decrépitas e mal iluminadas ruas do Bairro da Cripta, onde toda gente sabe, a morte edificou seu Majestoso Trono de levianas mortandades. Nessas paragens, a cabeça do rei da peste acoita-se do frio noturno sob a Coroa de Vermes; o escriba do diabo exige do passante incauto a vermelha rubrica no Livro do Fim dos Dias; um atemporal mal deambula, sob a sombra de modernas edificações, ao escrutínio de um antigo Diário; a voz conspurcadora, imersa na mais profunda treva de uma mansão, inunda o coração humano de dizeres de morte; espíritos frios e cruéis, de indevassáveis vontades, exigem habitar corpos outros de estouvados cidadãos; corredores que se aprofundam para o seio da terra, terrores indescritíveis e tesouros incalculáveis descansam nas catacumbas sob o velho ossuário.
      Vinde, com passos de morto trilhar, através das mais aflitivas emoções do espírito humano, desces às limosas escadas, percorres os estreitos e apavorantes caminhos do mal afamado Bairro da Cripta.
      Bem sabe, meu herói, todos os homens mortos cavalgam sob a Lua Fantasma e, é sempre treva no Bairro da Cripta.

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  42. Oie, tudo bom?
    Que bacana o trabalho do autor e eu ainda não conhecia suas obras Achei muito bacana a forma com que ele vendeu o livro O Bairro da Cripta. Tem uma pegada diferente do que costumo ler e justamente por isso chamou minha atenção.
    Sucesso!
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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  43. Bom dia, Aline! Fico feliz que o estilo da escrita e o gênero literário tenha chamado sua atenção! Há olhares que são feitos das melhores impressões e há impressões que só podem ser coligidas... assim... in loco. Por isso, dá uma passadinha lá e cheque de pertinho os mistérios e sustos que esses velhos espectros podem lhe render. Garanto que o passeio pela localidade vai ser tão bom, que não vai mais conseguir sair de lá... é sempre treva no Bairro da Cripta.

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  44. Oii!

    Não conhecia o autor, mas agora que conheço quero muito ler os livros dele! Os livros dele tem uma capa tão linda e sombria... adorei! Vou correndo encontrar algum lugar para comprar um dos livros dele ^^
    Parabéns pela parceria!

    Beijos, Amanda *-*
    www.vicio-de-leitura.com

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    Respostas
    1. Olá, Amanda! Muito obrigado pelas menções. Mas... cuidado! Jamais julgue um livro pela capa, jamais dê as costas para as sombras sussurrantes que jazem nos encartes, orelha e verso do aludido tomo e, principalmente, NUNCA, NUNCA MESMO entre no Bairro da Cripta sem um bom mapa que lhe indique rotas de fuga seguras. É sempre treva no Bairro da Cripta, leve consigo um bom lampião à querosene.

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  45. Oiiii.
    Parabéns pela parceria muito sucesso para você e o autor, parecem ser muito bons esses livros, vou aguardar as resenhas.
    bjs
    http://leiturasdamary.blogspot.com.br/

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  46. Oiiii.
    Parabéns pela parceria muito sucesso para você e o autor, parecem ser muito bons esses livros, vou aguardar as resenhas.
    bjs
    http://leiturasdamary.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Boa noite, Mary!
      Excelente! Deveras, a literatura do horror tem sofrido horrores - se me perdoa o trocadilho - com a ausência de divulgação. Ainda não alcancei aquele espaço midiático mais espontâneo. Mas, acredito, que isso esteja para mudar. Nesse espírito, em seu auxílio, aqui vão algumas resenhas:
      - http://mundotentacular.blogspot.com.br/2014/12/horror-visita-o-interior-do-brasil.html
      - http://www.bibliotecadoterror.com.br/2015/05/o-bairro-da-cripta-tomo-i-as-elegias-de.html#more
      - http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/2015/05/resenha-n-41.html?spref=fb
      - http://myqueenside.blogspot.com.br/2015/05/resenha-88-o-bairro-da-cripta-as.html?showComment=1431103007099#c5792575141356434009
      - http://bocadoinferno.com.br/literatura/2014/11/interior-paulista-e-palco-de-contos-de-horror-no-livro-o-bairro-da-cripta-as-elegias/
      - http://bocadoinferno.com.br/literatura/2015/05/lancado-o-segundo-volume-de-o-bairro-da-cripta-os-epitafios/
      - http://bocadoinferno.com.br/literatura/2015/06/m-r-terci-lanca-o-primeiro-volume-da-trilogia-caidos/
      - http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/2015/04/divulgacao.html
      - http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/2015/06/resenha-n-70.html
      - http://bocadoinferno.com.br/literatura/2014/11/interior-paulista-e-palco-de-contos-de-horror-no-livro-o-bairro-da-cripta-as-elegias/
      Mary, eu acho que já dá para ter uma ideia.
      Grande abraço e excelentes leituras.

      Excluir

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