Autor: Samuel Cardeal
Editora: Independente (2013, 360 páginas)
Tive a oportunidade de ler Demônios Não Choram como cortesia do seu autor, Samuel Cardeal, e posso dizer ter sido uma das minhas melhores leituras em 2014 – mesmo que o ano esteja apenas começando!
Narrado em terceira pessoa, Demônios Não Choram é um livro distópico que apresenta o mundo em completo caos. Contextualizado no futuro, em 2184, tudo o que ainda existe é apenas resto. Depois de guerras nucleares e abalos naturais, os poucos seres humanos que (sobre)viveram precisam habitar o subterrâneo e os esgotos, alimentando-se com o que puderem encontrar. Toda a narrativa é aterrorizante e provoca tensão ao apresentar uma realidade na qual é difícil manter a esperança de melhora.
Num cenário tão catastrófico, não surpreende que demônios aproveitem a falta de fé das pessoas para torná-las mais infelizes do que já são. Os demônios rondam a Terra com diferentes poderes, enganando e matando os sobreviventes, o que faz render cenas grotescas de pura maldade durante a leitura. É neste contexto que conhecemos Ezequiel, um solitário caçador de demônios que tem uma especial – embora indesejada – responsabilidade. Ele, que cresceu órfão e viveu dolorosas decepções, precisará assumir um papel importante se realmente quiser exterminar o mal do mundo! Com recursos limitados, Ezequiel enfrentará obstáculos cada vez mais difíceis e perigosos adversários, tal como o próprio Lúcifer.
Em Demônios Não Choram é difícil apegar-se somente ao protagonista. Samuel é um autor que se empenha em fazer seus leitores ingressarem na história e se sentirem próximos de quaisquer personagens. Isso me fez sofrer em vários momentos quando estes personagens iam e vinham sem deles ter notícias durante várias páginas (rs). Queria saber de todos durante a leitura! Queria acompanhá-los! Destaco Don Giovanni, que foi um tenebroso vilão rendido à raiva e crueldade, e também Elias, que me fez desejar sacudi-lo em vários momentos para que não causasse mais sofrimento ao Ezequiel.
Editora: Independente (2013, 360 páginas)
Sinopse: O ano é 2184, a tecnologia avançou de forma veloz e assustadora. A sede do homem pelo “progresso” fez se exaurir grande parte das reservas naturais do planeta. Diante da escassez geral de alimentos e fontes de energia, a terceira grande guerra foi inevitável. Depois de um confronto sangrento de violência irracional e desenfreada, a guerra acabou, e o resultado: todos foram derrotados. O mundo que conhecemos hoje foi reduzido a destroços de uma civilização que não mais existe. Mais de 90% da população foi dizimada. Diante da fragilidade dos sobreviventes, as criaturas que antes viviam nas trevas, escondidas e agindo enquanto todos dormiam, fizeram do planeta destruído seu domínio. Os humanos, aterrorizados, passaram a se esconder em abrigos subterrâneos e em velhas galerias de esgotos. É nesse cenário caótico que Ezequiel, um caçador de demônios, viverá a jornada que mudará totalmente o rumo de sua vida e da de muitos outros. Um cavaleiro solitário que vaga pelas terras devastadas, caçando e eliminando os Filhos do Inferno. Mas Ezequiel não tem esperança de um futuro melhor, persegue os infernais somente por ser a única coisa que sabe fazer. Quando o caçador, após um exorcismo, se vê obrigado a levar consigo a menina que salvou, uma onda de acontecimentos o conduz à derradeira aventura que culminará no embate final entre a Terra e o Inferno. Somente um será o vencedor, e o destino do que resta da humanidade depende da coragem de Ezequiel e dos aliados que se juntarão a ele nesta incrível e perigosa jornada. Se falharem, Terra e Inferno passarão a ser um só mundo, de eterno castigo para todas as almas humanas.
Resenha
Tive a oportunidade de ler Demônios Não Choram como cortesia do seu autor, Samuel Cardeal, e posso dizer ter sido uma das minhas melhores leituras em 2014 – mesmo que o ano esteja apenas começando!
Narrado em terceira pessoa, Demônios Não Choram é um livro distópico que apresenta o mundo em completo caos. Contextualizado no futuro, em 2184, tudo o que ainda existe é apenas resto. Depois de guerras nucleares e abalos naturais, os poucos seres humanos que (sobre)viveram precisam habitar o subterrâneo e os esgotos, alimentando-se com o que puderem encontrar. Toda a narrativa é aterrorizante e provoca tensão ao apresentar uma realidade na qual é difícil manter a esperança de melhora.
Num cenário tão catastrófico, não surpreende que demônios aproveitem a falta de fé das pessoas para torná-las mais infelizes do que já são. Os demônios rondam a Terra com diferentes poderes, enganando e matando os sobreviventes, o que faz render cenas grotescas de pura maldade durante a leitura. É neste contexto que conhecemos Ezequiel, um solitário caçador de demônios que tem uma especial – embora indesejada – responsabilidade. Ele, que cresceu órfão e viveu dolorosas decepções, precisará assumir um papel importante se realmente quiser exterminar o mal do mundo! Com recursos limitados, Ezequiel enfrentará obstáculos cada vez mais difíceis e perigosos adversários, tal como o próprio Lúcifer.
Em Demônios Não Choram é difícil apegar-se somente ao protagonista. Samuel é um autor que se empenha em fazer seus leitores ingressarem na história e se sentirem próximos de quaisquer personagens. Isso me fez sofrer em vários momentos quando estes personagens iam e vinham sem deles ter notícias durante várias páginas (rs). Queria saber de todos durante a leitura! Queria acompanhá-los! Destaco Don Giovanni, que foi um tenebroso vilão rendido à raiva e crueldade, e também Elias, que me fez desejar sacudi-lo em vários momentos para que não causasse mais sofrimento ao Ezequiel.
Ainda, acredito que a estrutura tornou a leitura mais dinâmica, daquele jeito especial que quando notamos já chegamos ao fim do livro! A narrativa alterna entre passado e presente, nos fazendo conhecer mais de Ezequiel ao ponto de entendê-lo profundamente. Em conjunto com o criativo enredo, a narrativa e estrutura tornam Demônios Não Choram um ótimo livro aos que apreciam os gêneros terror e distopia. Além de apresentar um desfecho impressionante, que revela o talento do seu autor! /o/ Ao final da leitura, eu me senti orgulhosa por ter o Samuel Cardeal como parceiro do blog (rs).
A revisão é a única característica negativa da obra, havendo erros de pontuação e gramaticais que não afetam a leitura. Eu adoraria ter o livro em mãos para passar os dedos sobre a linda capa, mas minha leitura foi no formato digital e este desejo não pôde ser satisfeito (rs). De qualquer modo, a diagramação ficou ótima, com detalhes nas extremidades das páginas.
Um comentário adicional, que não posso deixar de fazer, envolve a alegria que senti ao ver a minha cidade citada no livro. Gente, Curitiba fez parte do cenário de Demônios Não Choram! Ri sozinha quando o autor citou haver a placa: “Bem-vindo a Curitiba, a primeira cidade nuclear com 100% de energia limpa” (p. 138). Adorei!
A revisão é a única característica negativa da obra, havendo erros de pontuação e gramaticais que não afetam a leitura. Eu adoraria ter o livro em mãos para passar os dedos sobre a linda capa, mas minha leitura foi no formato digital e este desejo não pôde ser satisfeito (rs). De qualquer modo, a diagramação ficou ótima, com detalhes nas extremidades das páginas.
Um comentário adicional, que não posso deixar de fazer, envolve a alegria que senti ao ver a minha cidade citada no livro. Gente, Curitiba fez parte do cenário de Demônios Não Choram! Ri sozinha quando o autor citou haver a placa: “Bem-vindo a Curitiba, a primeira cidade nuclear com 100% de energia limpa” (p. 138). Adorei!
Avaliação:
Quotes favoritos:
A solidão absoluta é sempre um convite à insanidade, mas Ezequiel usou a solidão ao seu favor (...), aprendeu a viver num mundo onde a própria vida parecia ter chegado ao fim. (p. 47)
Cumprida sua missão, Ezequiel caiu num vazio total. Não havia mais propósito para sua vida e o garoto, que durante tanto tempo vivera sozinho, era agora um homem feito, que não sabia mais como viver sem uma família. (p. 129)
Giovanni havia se tornado um homem cruel e violento, gostava de bater com as mãos nuas, compartilhando, em parte, da dor de sua vítima. (p. 200)
Não seja infantil, Ezequiel! Você chega ao paraíso, encontra a salvação, fica cara a cara com o criador e é isso que você vai fazer? Choramingar como uma criança? (p. 302)
Interessou-se?
Adquira seu exemplar físico no Clube de Autores (aqui) ou em e-book por apenas R$ 1,99 na Amazon (aqui).
Samuel Cardeal lançará em breve seu próximo livro:
Sinopse: Lúcia tem 10 anos e desde suas mais remotas lembranças vive no orfanato da cidade de Provação. Também desde sempre, nunca conseguiu falar. Ela luta para suportar os maus tratos de uma madre perversa, o desprezo das outras crianças e a subserviência de um jovem e amável Padre. Renato é um professor universitário, afastado do trabalho. Após uma tragédia que levou sua família, perdeu também a vontade de viver e se entregou ao alcoolismo e à autopiedade, se afastando de tudo e todos. Mas o acaso vai se encarregar de abrir novas portas para essas duas vidas infelizes e, quando o destino de Lúcia e Renato se cruzarem, uma nova chance de viver se estenderá aos dois. Será que a força dessa nova família vai ser suficiente para subjugar todos os obstáculos que se colocarão entre ela e a felicidade?
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Gostou da resenha?
Saiu! Uhull!
ResponderExcluirAcho que perdi meu primeiro comentário, então aqui estou eu novamente.
Sua resenha ficou maravilhosa e me deixou em estado de graça, muito, mas muuuito contente.
Sua opinião tem um valor enorme pra mim, já que você é uma pessoa que de longe a gente vê o quanto é especial. Além de ser um escritora talentosíssima.
Eu só tenho a te agradecer por ter lido, por ter resenhado, e sorrir por ter gostado. Eu queria muito te dar uma abraço bem apertado agora, mas como estamos muuuito distantes. Te mando um beijo e minha amizade sempre.
<3
oi ^^
ResponderExcluirah, sempre invejo qm ganha livros de parcerias! Ainda mais de um livro tão bom que vc já considera um dos melhores q leu no ano - mesmo ele estando começando, já é alguma coisa. Adooooro mundos distópicos, e acho que vou adorar essa leitura, mas só vou poder ler qnd tiver grana ç.ç apesar de estar baratinho o e-book eu gosto do livro físico... senão fico igual vc, querendo tocar no livro e n posso, guardar ele na estante e folhear qnd der saudades ><
eu acho q os errinhos são algo ruim, eles sempre me incomodam mesmo q n prejudiquem a leitura.
tem postagem nova no meu blog
espero sua visita
bjs
-TÍTULOS DE LIVROS
Eu amei a resenha! Essa obra parece ser muito boa! Estou cada vez mais interessada nesse tipo de gênero fantástico e saber que temos títulos nacionais fazendo jus a isso é muito animador! Espero em breve estar podendo ir atrás desse livro, porque eu fiquei muito curiosa para conhecer o enredo em um todo!
ResponderExcluirE parabéns pela ótima parceria!
Beijão!!
Oi, Fran.
ResponderExcluirAdorei sua resenha e de fato me fez ter vontade de ler o livro.
Gosto da capa, mas nada que super a capa do próximo lançamento do autor.
Espero ler ambos.
A coisa Erros eu tenho visto em muitos nacionais, as editoras deviam se atentar um pouco mais a respeito.
Beijos
http://fernandabizerra.blogspot.com.br/
OI Fran,
ResponderExcluirtudo bem?
Estava ansiosa para saber a sua opinião sobre o livro. Como você também me senti assim: é impossível gostar de um personagem só. O que mais me marcou, foi a carga dramática que cada personagem trouxe. Quase, foi por muito pouco, que escolhi o Dom como o meu preferido. Também achei essa estrutura de intercalar passado e presente muito marcante.
E concordo com Samuel você é uma escritora maravilhosa. Adorei sua resenha!!!!!
beijinhos.
cila-leitora voraz
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Oi Francine,
ResponderExcluirVim até aqui, pois estou percorrendo os parceiros da MODO. Bem quando me deparei com essa resenha fiquei super curiosa com a leitura. Quem sabe mais pra frente eu venha a desfrutar dessa história. Beijokas Elis!!
http://amagiareal.blogspot.com.br/